Araras e Bananeiras contra o Estado — a visão tropicalista do Brasil segue hegemônica?

Spoiler: não. A influência do movimento na cultura e seus reflexos políticos e sociais são, hoje, mais um viés de classe do que uma falta de novos imaginários sobre o país

PoroAberto
13 min read2 days ago
autor desconhecido

Estamos sempre em busca de Caetanear o que há de bom — ou de ruim -, na vida cotidiana, na política, na música, no corpo. A proeminência da figura de Caetano Veloso, bem como de outros medalhões da MPB que emergiram a partir da década de 1960, se estabeleceu devido a alguns fatores históricos e sociais da época, fundamentais para a organização cultural brasileira.

A canção era (e continua sendo) um tema em debate na esfera pública. O alcance de público maior do que outras linguagens artísticas, a popularidade do rádio e a disseminação dos aparelhos e emissoras de TV, que catapultaram carreiras e o status de intelectuais e formadores de opinião que compositores alcançaram são alguns dos principais motivos de sua força de expressão.

O caso de Caetano Veloso vai muito além da extrema relevância do conjunto de sua obra e de sua capacidade de continuar produzindo coisas belas, sublimes e, ora mais, ora menos, revolucionárias. Em recente artigo publicado na revista Piauí, o editor Luigi Mazza busca compreender o que chama de “Caetanismo”: um culto não oculto à figura do ídolo, que toma proporções impensadas antes das redes sociais e se intensificam, mais, no contexto posterior ao afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República — porém, eu creditaria ao pós-Junho de 2013.

Para Mazza, o movimento tropicalista é fundamental na dinâmica do “Caetanismo” — e eu concordo. Se não ele como um todo, ou a Tropicália, ao menos o tropicalismo musical. Explico: assim como o fazem diversos pesquisadores do tema, como o historiador Frederico Coelho, é preciso distinguir a Tropicália como uma movimentação ampla de artistas e suas experiências estéticas e formais convergentes, abarcadas sob o termo guarda-chuva — Hélio Oiticica, Zé Celso, Glauber Rocha, José Agrippino etc. Já o Tropicalismo Musical se restringe às experiências com a canção e seu universo: o tipo de narrativa proposta, melodia, arranjo, a utilização do estúdio de gravação como instrumento, figurino, a relação entre corpo e palco, bem como o sentido do coletivo, tendo Caetano e Gilberto Gil como os protagonistas que encabeçaram a empreitada. Foi central em toda essa movimentação o desenho de um projeto de Brasil. Ou de uma identidade nacional que absorvesse as principais contradições de um país subdesenvolvido sob uma ditadura militar.

Como definiu a socióloga Santuza Naves, desde a Bossa Nova até a Tropicália a música passou a ser um lugar privilegiado de elaboração de um “projeto artístico moderno”, iniciado com a primeira e transmutado pela segunda com sua atitude crítica. Em uma entrevista à revista Realidade em 1968, Caetano Veloso diz que ele e Gilberto Gil, mais o grupo formado por Torquato Neto, Gal Costa, Rogério Duarte etc., fervilhavam de novas ideias e passaram um bom tempo aprendendo a gramática da linguagem que queriam criar. A estética unia o cafona e o tradicional à modernidade, resultando em algo que ainda não existia. Como fazer uma música que se afastasse do nacionalismo das canções de festival, das produções do CPC da UNE e que, ao mesmo tempo, fosse profundamente brasileira?

A Tropicália é uma das maiores referências artística, estética, criativa e crítica para diferentes manifestações culturais que vieram depois dela no Brasil e é, também, super referenciada fora. Esse é o argumento de minha dissertação de mestrado, intitulada “A cultura brasileira no esteio do movimento tropicalista — a Tropicália ontem e hoje”, de fevereiro de 2014 e que ainda carece de uma boa revisão. No trabalho, defendo a ideia de que o fenômeno tropicalista, mais do que “sobreviver” ao longo das décadas, é uma “presença”, porque nunca deixou de ter constância na vida intelectual e pública desde que fora desmantelado com os exílios de Caetano Veloso, Gilberto Gil, a ida de Hélio Oiticica para Nova York e a prisão de Rogério Duarte.

Hélio Oiticica — P8 Parangolé capa 5, Homenagem à Mangueira. Whitechapel Gallery, Londres. 1969

Me chamava atenção à época que o termo “tropicalismo” fosse usado para contextualizar novos artistas, qualificar suas obras, designar trabalhos de diferentes linguagens e, também, como adjetivo. O termo seguia ganhando variações: “neotropicalismo”; “pós-tropicalismo”; “tropifagia”; “retropicália” — todos, em sua grande maioria, associados ao mundo da música. Inclusive na imprensa estrangeira. Não haveria outra forma de enxergar nossa produção, sempre que uma música nascer dentro dos moldes da canção, abarcando as infindas possibilidades sonoras eletrônicas e seus processos de manipulação? Fora as inúmeras coleções de roupa, festas temáticas e, o cúmulo a que se chegou, de um condomínio de prédios em Salvador, cujas torres seriam chamadas de “Alegria” e “Divino, Maravilhoso”, vetado a tempo por Caetano. Surpreende que, em decisão recentíssima, o compositor tenha perdido um processo contra o estilista Oskar Metsavaht por este ter dado o nome de Tropicália a uma (mais uma?) coleção. O juíz alegou que Caetano não tem exclusividade sobre o termo — visto que foi um movimento coletivo.

Hélio Oiticica havia alertado para o fenômeno, que já se desenhava quando ele escreveu o depoimento “Tropicália”, em 4 de março de 1968. Em suas próprias palavras, “‘Tropicália é a primeiríssima tentativa consciente, objetiva, de impor uma imagem obviamente ‘brasileira’ ao contexto atual da vanguarda e das manifestações em geral da arte nacional”. A obra derivada das ideias que vinha desenvolvendo em trabalhos anteriores, como os famosos Parangolés, o conceito de “nova objetividade” e a partir de suas pesquisas nas favelas e morros cariocas, buscava não exatamente dialogar, mas fazer frente às vanguardas internacionais, como a pop e op arte americanas. E então Oiticica observava: “E agora o que se vê: Burgueses, subintelectuais, cretinos de toda espécie a pregar tropicalismo, ‘Tropicália’ (virou moda) — enfim, a transformar em consumo algo que não sabem direito o que é. Ao menos uma coisa é certa: os que faziam star and stripes já estão fazendo suas araras, suas bananeiras, etc.”

O texto de Oiticica é posterior ao lançamento do disco de Caetano Veloso que abre com a canção “Tropicália” e anterior ao lançamento do disco-manifesto “Tropicália ou Panis et Circensis”. Mas o movimento musical, inspirado nos citados artistas — Glauber, Zé Celso, Oiticica, Rogério Duarte, Agrippino etc. — absorveu a “necessidade fundamental de caracterizar um estado brasileiro”, consciente da importância de uma imagem brasileira total. E até mesmo de maneira improvisada, brincava-se com representações e mitos, como na curiosa abertura da faixa “Tropicália”, que traz o percussionista Dirceu citando a carta de Pero Vaz de Caminha em uma espécie de happening.

O movimento tropicalista, como diz Celso Favaretto em sua dissertação publicada ainda em 1979 na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP, elaborou uma filosofia própria. Isso em um país marcado pela polarização ideológica, para usar o termo que cabe tanto à década de 1960 como à de 2020. Se é factível que a História se repita primeiro como tragédia, depois como farsa, o que há de comum entre o período do golpe militar e o da polarização política que nos deixou a um fio de outro em 2023 é a demagogia ideológica. Caetano Veloso era enfático em dizer que o tropicalismo musical não se alinhava às perspectivas da esquerda — que eram (como hoje, aliás) muitas esquerdas, todas elas aos poucos massacradas pelos fuzis e pelo discurso que as tornaram caricaturais. Tampouco à direita. Ora, então era de centro? Era apolítica? Esta sequer é uma opção.

Mas a pergunta central, tanto de Mazza em seu artigo, quanto minha é: por que aquele país representado na Tropicália segue se presentificando? O ideal brasileiro tropicalista equilibrava o otimismo nacionalista do samba e das verdes matas com a crítica ciente e direta à ditadura, à pobreza, à modernidade e ao retrocesso que a nova capital do país representava. Era crente na utopia antropofágica do primitivo tecnologizado e, como admitiria Caetano posteriormente, um tanto adepta do neosebastianismo de Agostinho da Silva, já transmutado na obra de Glauber Rocha. Quando o movimento completou 25 anos, em 1993, Caetano Veloso e Gilberto Gil lançaram o disco celebratório “Tropicália 2”.

Nele, renovam o pacto de beleza e horror, modernidade e retrocesso da imagem do país com o rap “Haiti”. No mais, celebram a tradição nordestina, homenageiam Glauber, Riachão, Roberto Sant’Ana e celebram os blocos afro da Bahia. O mítico e o crítico, se não estão equilibrados, se convivem. E essa é a tônica presente tanto no tropicalismo musical, quanto ao longo da carreira de Caetano Veloso: a vista de futuro possível, de um Brasil que se reconcilia em suas contradições, de mestiçagem tensa, mas ainda pacífica — “sou pardo e não tardo a sentir-me crescer o pretume”.

Logo em seguida, em 1997, os Racionais MC’s lancariam o álbum que mudaria definitivamente o rumo e o tal status da música popular brasileira — assim, com iniciais minúsculas — e reservaria à sigla MPB uma nova e mais factível abreviação, Música Preta Brasileira. Quando “Sobrevivendo no Inferno”, o terceiro disco da banda, é lançado, eles já eram reconhecidos no cenário do hip-hop nacional e tinham quase 10 anos de caminhada. Mas é a partir desse álbum que eles, de fato, ganham projeção nacional, vendem mais de 1,5 milhões de cópias e furam a bolha da periferia e de São Paulo.

Racionais MC’s

Como argumenta Acauam Oliveira na introdução do livro que reúne as letras do disco, a representação da periferia que construiram passa a significar mais do que pobreza e violência, cultura e potência, mas criou uma nova subjetividade para o sujeito periférico e estabeleceu um decisivo confronto ao projeto genocida do Estado Brasileiro — já que o disco retrata o massacre do Carandiru e é contemporâneo das chacinas da Candelária e de Vigário Geral. Este último ponto é decisivo porque desloca a identidade nacional desenhada na canção brasileira até ali: não há pacto racial, tampouco integração de classe, nem linha evolutiva da canção. Sobre as críticas de primeira hora quanto à vulgarização da cultura popular pelos rappers, o tempo veio provar o contrário, ainda que essa batalha ainda aconteça.

O Estado policialesco militar é descendente direto da ditadura. E quanto às imagens de Brasil, é premente lembrar que, no período do exílio dos tropicalistas, o regime utilizou-se amplamente de propaganda institucional que exaltava um imaginário de grandeza do país, economica, social e culturalmente. O historiador Carlos Fico pesquisou como o Exército, entre 1969–1977, jogou com o “ponto de vista otimista” e o conjunto de convicções sobre a potencialidade e a postura do brasileiro, temáticas não-doutrinárias, com fins de dominação ideológica e para captura dos sentidos de nacionalidade e identidade. As veiculações em imagens, vídeos, jingles, slogans etc. alardeavam a opulência de nossa fauna e flora, da bem sucedida democracia racial, camuflando o teor político do discurso sobre a longa jornada ao um destino mítico. A estratégia jogava para debaixo do tapete a corrupção e a prática da tortura, além de justificar o golpe com o argumento de que a sociedade brasileira necessitava de tutela, pois a ordem e o destino da nação estavam ameaçados pelo comunismo.

É óbvio que não cabia dentro desse discurso inserir nossas mazelas, como a desigualdade social. Então, desde a reabertura política e o processo de redemocratizaçao, que imagem de país a esquerda foi capaz de cunhar, nos pergunta Luigi Mazza. Depois dos governos Collor e FHC, a virada do século é determinante: a mudança nos meios de comunicação, a popularização da internet, a posse de Lula em 2003. Foi ali que, com Gilberto Gil à frente do Ministério da Cultura, um ministério tropicalista, buscaríamos reconstruir uma identidade nacional a partir do “do-in antropológico” de que falava o discurso de posse do ministro. Ele afirmava que era preciso criar uma identidade brasileira forte e una, que abrangesse a nossa pluralidade. Sim, trata-se de um jogo de opostos complexo, paradoxal: “a política cultural […] passa a ser vista como parte do projeto geral de construção de uma nova hegemonia em nosso País. Como parte do projeto geral de construção de uma nação realmente democrática, plural e tolerante”.

Mas como o próprio discurso previa, ao citar Oswald de Andrade, o grande iluminador das ideias tropicalistas com seu conceito de antropofagia revisto, o Brasil estaria fadado a ser uma aventura interrompida. O sonho de um Brasil plural, com sua cultura valorizada em todas as suas formas de expressão, vista com naturalidade e não pela ótica do “folclore”, foi bem sucedido em projetos como os pontos de cultura. Mas o sonho virou pesadelo. Mal começamos a avançar na questão do direito das minorias — mulheres, população LGBTQIA+ e povos originários -, no projeto de expansão do ensino superior e no combate à fome. Foi o suficiente para que o outro lado resgatasse a ideia do fantasma do comunismo, da imoralidade e desordem de outrora, materializado na adoção do slogan: “pátria, família e liberdade”.

Em recente entrevista ao podcast Ilustríssima Conversa para falar sobre a reedição de sua tese de doutorado “Reinventando o otimismo — ditadura, propaganda e imaginário social no país”, Carlos Fico arrisca dizer que a diferença entre o período militar e o de agora é que o conservadorismo e a extrema-direita atuais carregam um discurso de ressentimento com relação a valores éticos, morais e culturais cultivados na nossa tão jovem democracia. Ou seja, o que temos chamado de pautas identitárias. Para nós, o que é avanço e inclusão, para eles é ameaça. Por isso o discurso de que a sociedade brasileira precisaria novamente da tutela das forças armadas, de sua suposta disciplina e ordem, como nos tempos “áureos” da ditadutra. Nos últimos anos, ele minaram e perseguiram a Comissão da Verdade, chamaram o golpe militar de revolução e decidiram passar uma borracha nos fatos para reescreverem a história de acordo com sua própria imaginação.

A ideia de que a esquerda não foi ou não é capaz de criar uma nova imagem de Brasil é uma das grandes armadilhas da crítica cultural contemporânea. Creio que a pergunta que devemos fazer não tem a ver com a incapacidade da esquerda de imaginar um projeto de país. Mas, sim, como iremos atuar para minar o delírio da direita no que diz respeito ao imaginário social sobre o Brasil, revigorar uma lógica hermenêutica e interpretativa dos fatos e das “narrativas”? Qual é ou será nossa estratégia? Quais meios e mecanismos usaremos? Me parece que o que não temos é clareza quanto ao plano de guerra. A ascensão da direita não se baseia sobremaneira na produção e reprodução da cultura — ainda que sua manutenção a requisite. Concomitantemente a ela, o que temos hoje é uma República refém dos ataques ao sistema presidencialista promovidos por parlamentares que têm seus jogos de interesse e reputações ameaçados.

A conturbada história política dos últimos 10 anos, marcada pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, a contestação das eleições sem fundamentação pelo PSDB, a reconfiguração das cadeiras na Petrobrás e o passado de Dilma com a estatal, a operação Lava Jato e o consequente impeachment, é uma herança maldita, que segue sendo reproduzida por Arthur Lira de forma ainda mais perversa do que por Eduardo Cunha. Tudo isso somado atravanca o jogo político do governo Lula 3, que por mais que tenha se baseado numa campanha que se remetia ao passado (claro, foram 4 anos de horror absoluto com Bolsonaro, isso é incontestável), quer forjar uma representação plural. Se lermos com atenção o recente livro “Operação Impeachment: Dilma Rousseff e o Brasil da Lava Jato”, do cientista político Fernando Limongi, junto do cenário político atual, no fim do túnel miramos uma tragédia.

Se a imagem de nação condizente com a esquerda é aquela em que se crie políticas que atendam todas as interseccionalidades e um ambiente para favorecer a igualdade econômica, racial e de gênero, ela é necessariamente multifacetada. Nesse caso e no contexto esboçado, a tentativa de Lula de criar esse imaginário na sua subida da rampa do Palácio da Alvorada no dia da posse em 1º de janeiro de 2023 resultou menos num cenário aglutinador do que numa colagem precária, que tenta se sustentar na gestão dos ministérios.

É verdade que a imagem tropicalista do Brasil segue tendo algum protagonismo, mas talvez porque coloque as camadas de um país complexo num mesmo plano. Incomoda que ela vigore hoje porque sabemos que as demandas por viabilização e inclusão que emergiram à superfície são mais complexas. O que hoje vemos do protagonismo tropicalista a que Mazza se refere é mais uma etapa de um fenômeno que veio atravessando décadas. É importante ressaltar o status que o movimento adquiriu naquele momento, bem como seus protagonistas, Caetano Veloso e Gilberto Gil, e que impacta o imaginário das sucessivas novas gerações. A idolatria a essas figuras ganhou novo fôlego com as redes sociais, mas também a crítica sobre seu impacto na dinâmica das relações sociais e políticas no campo cultural (ainda que de maneira minoritária).

Vale destacar alguns exemplos da dissidência, como a faixa “Eu não te amo”, do rapper cearense Don L e seus versos “Se é MPBoy a grana vem / Igual passarinhos voando / Colando no Leblon vez em quando … / Na sauna hype do Caetano”.

Ou nas piadas que pululam pelo X, antigo Twitter, sobre os partidos fundados no verão soteropolitano, PCC e PCRC, Partido da Casa de Caetano e Partido da Casa de Regina Casé, que reúnem artistas mais ou menos consagrados, políticos e intelectuais — em sua maioria brancos, de classe média ou média alta, que dão feição aos exemplos trazidos por Mazza em seu texto. Claro, são piadas, mas cujo fundo abriga potentes interpretações sociológicas.

O questionamento de Luigi Mazza sobre se os tropicalistas têm protagonismo ainda hoje porque fizeram um movimento que pretendeu reinventar o Brasil ou porque se esforçam para ter esse protagonismo, dialogando com as redes sociais, com os jornais e com os jovens é um dilema pouco produtivo. Em primeiro lugar, esse protagonismo só existe em uma pequena bolha. As demais hipóteses possíveis são tão tautólogicas quanto a questão. Ou bem eles se esforçaram para manter o status de intelectual (que de fato são, quer queira, quer não) e a relevância no mercado, ou se viram enredados por esse eterno retorno, que, como disse, nem dá pra dizer que é cíclico, porque nunca cessou. Mas é fundamental entender que o Brasil de hoje é outro, ainda que peçamos para a Inteligência Artificial incluir umas araras e bananeiras no retrato e que as motos sigam furando os sinais vermelhos.

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